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Sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

As melhores horas e os melhores anos da nossa vida

Nem sempre nos damos conta de que passamos as melhores horas de cada dia e os melhores anos de nossa vida trabalhando. Para a maioria das pessoas, o trabalho é das 08 às 18 horas. Esse é o horário nobre de um dia. E, também, trabalhamos os melhores 35 anos de nossa vida. Da nossa juventude ao início da chamada terceira idade. Assim, a coisa mais inteligente que podemos fazer é transformar essas melhores horas nas horas realmente melhores e esses melhores anos, realmente nos melhores anos. O que vejo acontecer é que muitas pessoas fazem exatamente o oposto. Com uma visão negativa em relação ao trabalho, conseguem transformar as melhores horas nas piores horas e os melhores anos nos piores anos. Vejo pessoas que passam o dia todo olhando no relógio para ir embora e voltar no dia seguinte exatamente para fazer a mesma coisa - ficar olhando no relógio para ir embora e voltar no dia seguinte. Fazem isso durante 35 anos. E quando se aposentam ficam doentes por falta de atividade ou buscam outro trabalho para novamente ficar olhando no relógio para irem embora e voltar no dia seguinte... Vejo pessoas que só pensam em se aposentar. Com essa visão, não se dedicam ao que fazem e vivem uma vida com pouco sentido de realização, sentem-se inúteis. Não se comprometendo vão ficando cada vez mais isoladas e infelizes. Vejo pessoas que ficam sonhando com viagens, passeios, pescarias e tudo o mais que farão ao se aposentar. A verdade é que com uma relação negativa com o trabalho, essas pessoas acabam ficando doentes, depressivas antes mesmo de se aposentar e quando se aposentam, não sentem mais vontade de fazer o que sonharam ou mesmo, por não terem se dedicado com afinco ao trabalho, não têm recursos suficientes para viajar e aproveitar a vida como queriam. Temos que aprender a encontrar a felicidade onde estamos e parar com o auto-engano de viver dizendo: quando eu me aposentar, daí...; quando eu for promovido, daí...; quando meus filhos crescerem, daí.... Temos que parar de colocar a felicidade sempre onde não estamos, num futuro ou num lugar distante. É preciso buscar a felicidade no trabalho. E essa busca, nem sempre fácil, só depende de cada um de nós. Depende de mudarmos nossa cabeça, nossa visão, nossa forma de ver e pensar sobre o trabalho como um fardo, um castigo e não como uma oportunidade de crescimento, de desenvolvimento e, principalmente, de servir, de fazer o bem, de ajudar na construção de uma sociedade melhor. Pense nisso. Sucesso! Luiz Marins, consultor

Luiz Marins

Luiz Marins Motivação e Sucesso

Antropólogo. Estudou Antropologia na Austrália (Macquarie University) sob a orientação do renomado Prof. Dr. Chandra Jayawardena (Sri Lanka) e na Universidade de São Paulo (USP) sob a orientação da Profa.Dra. Thekla Hartamann. Luiz Marins dirige a Anthropos Consulting. Outros artigos do autor sobre o Brasil, podem ser encontrados no www.marins.com.br.

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