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Segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
O Balde de Prioridades (Liderança)
Uma vez por ano, Steve Jobs levava um grupo selecionado de colaboradores para um retiro que ele chamava de “Os melhores 100”. Jobs ficava de pé em frente a um quadro branco e perguntava: “Quais são as dez coisas que deveríamos fazer a seguir?”. Obviamente, todos lutavam para incluir suas sugestões na lista. Quando a lista estava pronta e classificada em ordem de importância, Jobs riscava as sete últimas e anunciava: – Só podemos fazer três! (Texto extraído e adaptado do livro “Steve Jobs”, Walter Isaacson) Um dos “presentes” que recebemos com o avanço da tecnologia e da internet é o que chamamos de “Síndrome do Excesso de Informação”. Para termos uma ideia, uma edição de um jornal como “O Estado de São Paulo” contém mais informação do que uma pessoa comum poderia receber durante toda a vida no século XVII. Em uma semana, a internet gera mais informações do que tudo o que foi produzido até o século XIX. Por ano, produzimos 1,5 bilhão de gigabytes em informação impressa, filme ou arquivos magnéticos; uma média de 250 megabytes de informação para cada pessoa do planeta. Seriam necessários dez computadores pessoais para cada pessoa conseguir guardar a sua parte. Atualmente existem mais de 3 bilhões de páginas disponíveis na Internet. Até o início dos anos 90, a televisão brasileira tinha menos de dez canais. Hoje existem mais de 100 emissoras no ar, em diversas línguas, com temas, assuntos e especialidades diferentes. Veja quantas informações num só parágrafo! Conseguiu guardar todas essas informações? Pois bem, no dia a dia corporativo, as pessoas são igualmente “bombardeadas” com uma quantidade insana de informações que aparecem de todos os lados, e nesse contexto, já não é suficiente separar o “urgente” do “importante” porque, de alguma maneira, quase tudo é importante ou urgente pra alguém. O que pode efetivamente ajudar a estabelecer o grau de importância de cada informação e situação é a compreensão sobre o que é efetivamente prioritário, e essa responsabilidade é do Líder, mas como fazer isso? Estabelecendo prioridades, comunicando-as, e dedicando tempo para aumentar sua incorporação e apropriação. Mas, uma vez comunicadas as prioridades, muitos líderes são tentados a crer que o “balde de prioridades” de todas as pessoas ficou completamente cheio, e que assim permanecerá, mas como menciona Bill Hylbes, “a visão vaza”, ou seja, o “balde de prioridades” tem um furinho no fundo, representado por esse “mundo” de informações e preocupações que chegam diariamente, fazendo com que as pessoas se esqueçam de suas prioridades. Infelizmente, não é possível consertar esse vazamento, portanto, é preciso que o líder comunique diariamente, com seu exemplo, as principais prioridades da organização ou de sua área, e aproveite quaisquer oportunidades para continuar enchendo o “balde de prioridades”, nas reuniões, nas conversas, nos e-mails, no descanso de tela, nos murais, nos eventos internos, enfim, usando cada nova interação para manter o balde cheio. Só assim as pessoas terão clareza sobre para onde devem olhar, qual o caminho a seguir, para que então possam avançar na mesma direção com maior objetividade, vitalidade, propriedade, engajamento e, consequentemente, com melhores resultados. E então, qual é o seu “balde de prioridades”?Marcos Fabossi
Liderança
Marco Fabossi é Conferencista, Escritor, Consultor, Coach Executivo e Coach de Equipe, com foco em Liderança. Sócio-diretor da Crescimentum – Alta Performance em Liderança, que tem como missão: “Construir um mundo melhor, transformando pessoas em líderes.
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