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Domingo, 1 de fevereiro de 2015
A Humildade é Traiçoeira (Liderança)
Depois de muito estudar sobre liderança, o jovem Bruno concluiu que para ser um líder melhor e mais conectado com as pessoas, precisaria tornar-se mais humilde. Foi então que decidiu visitar um mosteiro e conversar com um velho sábio que lá vivia: – Sábio, o que devo fazer para me tornar uma pessoa humilde? – Se quiser realmente encontrar essa resposta, deve ir ao cemitério e criticar os mortos. Sem questionar, Bruno foi ao cemitério e pôs-se a criticar os mortos. Em seguida, voltou à presença do sábio, que lhe disse: – O que os mortos fizeram diante de suas críticas? – Nada! Não aconteceu absolutamente nada enquanto eu os criticava. – Muito bom! Agora você deve voltar ao cemitério e elogiá-los bastante. Novamente, seguindo a orientação do sábio, o jovem foi ao cemitério e passou várias horas elogiando os mortos. Depois, novamente voltou à presença do sábio, que lhe perguntou: – O que os mortos fizeram diante de seus elogios? – Nada! Como era de se esperar, também não aconteceu absolutamente nada enquanto eu os elogiava! Então, o sábio lhe disse: – Se quiser tornar-se mais humilde, precisará aprender a reagir como os mortos reagiram aos elogios e às críticas que você lhes fez. Em outras palavras, não permita que os elogios ou as críticas o levem a pensar que é melhor ou pior que as outras pessoas, porque somos todos seres humanos, e ainda temos muito a aprender uns com os outros. Para muitos líderes, humildade está relacionada à passividade, que é o oposto de agressividade que, por sua vez, associam ao sucesso. A lógica é mais ou menos esta: Humildade e passividade não me levam a lugar algum, portanto, se eu quiser alcançar o que quero, tenho que correr atrás e ser agressivo em minhas ações. Por isso, prefiro que os humildes e passivos me sirvam a ter de servi-los. Será que é isso mesmo? Independente dos aspectos religiosos e espirituais que envolvem a pessoa de Jesus, é praticamente uma unanimidade que Ele é o maior líder que o mundo conheceu, por isso, permita-me trazer Sua opinião sobre o verdadeiro significado da palavra humildade: “Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros” (Bíblia Sagrada, João 13:14). Jesus não lavou os pés de seus discípulos porque tinha baixa autoestima. De fato, Ele decidiu servi-los porque tinha completa consciência de quem era e suficiente autoconfiança para assumir o papel de servidor. Ele sabia que não são status, posição e poder que tornam reconhecida a autoridade de um líder, mas sua autoconfiança que lhe permite desenvolver a capacidade de olhar para as pessoas como “iguais”, e que passividade é recusar-se a ter atitudes por causa de medo ou preguiça, enquanto humildade é decidir ter atitudes por causa do amor. Por isso, líderes que consideram “estar acima” das outras pessoas, ou que são muito importantes para “gastar” tempo com elas, podem na verdade estar se escondendo atrás de sua própria insegurança e falta de autoconfiança. Por fim, valer dizer que as palavras humano, humanidade, humanitário e humildade originam-se da mesma raiz, o que nos conduz a uma conclusão básica: O líder que age com humildade é simplesmente alguém que trata as pessoas como seres humanos, e não apenas como meros recursos para atingir resultados no final do mês. Mas cuidado! A humildade é traiçoeira, porque quando achamos que somos humildes, ficamos orgulhosos disso!Marcos Fabossi
Liderança
Marco Fabossi é Conferencista, Escritor, Consultor, Coach Executivo e Coach de Equipe, com foco em Liderança. Sócio-diretor da Crescimentum – Alta Performance em Liderança, que tem como missão: “Construir um mundo melhor, transformando pessoas em líderes.
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