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Domingo, 22 de novembro de 2015

De que Lado Você Está? (Trabalho em Equipe)

Ao sair de uma reunião de diretoria, Sérgio liga para Claudio, um dos gerentes, e pede para que compareça imediatamente à sua sala. Ao chegar, Claudio bate na porta e ouve: “Entra!” e em seguida, “Senta aí!”.

– De que lado você está? – Perguntou Sérgio

– Posso saber o motivo da pergunta? – Indagou Claudio

– Acabo de sair da reunião de diretoria, onde fui informado que você assumiu que o erro no atraso da entrega ao nosso principal cliente foi da nossa área. Então, deixe-me perguntar novamente: De que lado você está?

Claudio olhou calmamente nos olhos de Sérgio e respondeu:

– Sergio, desculpe, mas eu estou do lado interessado em construir o melhor resultado para a empresa, clientes e funcionários. O erro efetivamente partiu da nossa área, e precisamos aprender com ele para que não aconteça novamente. Ao assumi-lo, podemos conversar sobre ele, discutir sobre maneiras de evita-lo, e também contar com a compreensão e o apoio do próprio cliente e de todas as outras áreas envolvidas nesse processo. Existe algum outro lado que eu deveria estar?

Sergio cerrou os lábios, consentiu com a cabeça e disse:

– De fato não. Você está do lado certo. Obrigado.

Por mais incrível que possa parecer, em pleno século 21, na era da informação, num mercado globalizado, hostil e competitivo, muitos líderes ainda não perceberam que em uma organização, quando um perde todos perdem, e quando um ganha todos ganham. Ainda não se deram conta de que não existe “problema seu” ou “problema meu”, e sim “problema nosso”.

Líderes que competem com as demais áreas da organização, quando deveriam ser os principais responsáveis por estabelecer maior aproximação e colaboração entre elas. Gestores que não conseguem enxergar além do seu próprio ego, transformando conflitos em confrontos, priorizando o individualismo à individualidade.

Segundo dados de pesquisa recente, são necessários quatro trabalhadores brasileiros para atingir a mesma produtividade de um norte-americano, e boa parte desse resultado está ligado à falta de bom-senso de muitos líderes que incentivam a competição entre áreas nas organizações.

A principal atividade de uma organização, em qualquer ramo de atividade, é “relacionamento”. Sem relacionamentos nada acontece. Relacionamentos com pessoas, áreas, clientes, fornecedores, órgãos públicos, etc. Por isso, um dos principais papéis de um líder é atuar como “embaixador de relacionamentos”, buscando fomentar o espírito de colaboração nessas relações.

Por isso, quando alguém vier até você reclamando de uma pessoa ou área, em vez de associar-se a reclamação, busque conhecer melhor a história e os fatos de ambos os lados, e promova um ambiente de aproximação e colaboração entre elas.

Escolha, portanto, o lado da colaboração, da contribuição, do espirito de equipe, e da conquista dos melhores resultados com pessoas alinhadas e engajadas num único propósito e objetivo: O melhor resultado para todos, porque, quando um ganha todos ganham, quando um perde todos perdem!


Marcos Fabossi

Marcos Fabossi Liderança

Marco Fabossi é Conferencista, Escritor, Consultor, Coach Executivo e Coach de Equipe, com foco em Liderança. Sócio-diretor da Crescimentum – Alta Performance em Liderança, que tem como missão: “Construir um mundo melhor, transformando pessoas em líderes.

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